Juros baixos é um dos fatores que influenciam para ter o cenário atual e futuro favorável 

Em meio à crise econômica que o país enfrenta durante a pandemia do Novo Coronavírus, o setor de imobiliárias vem apresentando um pomposo crescimento, com direito a previsões futuras de uma possível continuidade nos lucros imobiliários. “Acredito que alguns acontecimentos estão auxiliando nesse bom momento. Como, a valorização do papel da moradia que veio com a pandemia, o Juro baixo e a disponibilidade de crédito”, enumera a consultora imobiliária, Arlene Gomes.

A junção de condições para a retomada da compra de imóveis é outro motivo que tem feito o setor crescer. Tendo em vista que, entre 2015 e 2019, foi bastante complicado. Arlene afirma que “a taxa básica de juros, a Selic, na casa de dois dígitos, fazia com que as pessoas deixassem o dinheiro aplicado na renda fixa; nela, há, praticamente, zero de risco. A taxa Selic baliza os juros do crédito imobiliário, eles estavam elevados”.

Com uma situação favorável, as pessoas começaram a questionar se realmente vale a pena comprar uma propriedade e assim, aumentando as visitas á imobiliária. “A taxa básica de juros caiu para 2% ao ano, e o crédito imobiliário acompanhou essa queda. Logo, deixar o dinheiro aplicado em renda fixa passou a não ser tão favorável”, elucida a consultora.

A CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) disse que o ramo de imobiliárias no Brasil fechou 2020 com um crescimento de 9,8% nas vendas de residências. Para este ano, a expectativa continua sendo grande diante do âmbito imobiliário.

O Sinduscon-SP (Sindicato da Indústria e Construção) fez um levantamento recente comprovando o crescimento do setor imobiliário durante a pandemia da Covid-19. Segundo o Sindicato, a previsão de aumento neste segmento é de 3,8% em 2021. Não apenas a taxa selic, mas o momento epidêmico foi também um dos fatores que motivaram o crescimento do mercado das imobiliárias.

Os juros baixos e a disponibilidade de crédito não são os únicos responsáveis por esse crescimento, o momento também vem sendo grande aliado para o setor. “A pandemia fez com que as pessoas repensarem o seu modo de viver. A casa se tornou um refúgio, local de trabalho e lazer. Logo, surgiu a necessidade de investir em um imóvel de qualidade”, evidencia a empresária.

A procura por um espaço maior, que atenda as demandas de trabalho e estudos, e também concilie com locais mais espaçosos para brincadeiras e lazer de modo geral no dia a dia tem sido grande. Arlene elucida que “com isso, a demanda pela compra de imóvel começou a se mostrar maior do que a oferta em alguns casos”.

Poder visitar o imóvel e estar em contato com a imobiliária sem sair de casa também foi um dos fatores que muito agradou os brasileiros durante a pandemia, tanto na hora de comprar, quanto para alugar. O número de anúncios de imóveis pela internet aumentou. Os bancos também ganharam força com os financiamentos pela web.

De fato morar num lugar que faça mais o estilo do comprador, não é um sonho distante e impossível de acontecer em 2021, com tantas facilidades assim, o negócio imobiliário promete movimentar, no bom sentido, a economia do país nos próximos meses do ano.

Tendências pós-pandemia

Muitas são as tendências deste nicho de mercado após o período pandêmico. Entre elas, estão os espaços sustentáveis. As pessoas têm sentido a necessidade de estarem mais próximos à natureza e se conscientizar sobre as questões ambientais. Casas e apartamentos com jardinagem e plantações, além de coleta consciente do lixo, são algumas das apostas imobiliárias que chegaram para ficar.

O home office também é outro motivo de preocupação para os compradores, já que diversas empresas pretendem continuar com essa forma de trabalho mesmo após o fim da quarentena. Ter um local de trabalho dentro de casa virou questão de necessidade para muita gente. Portanto, a procura por imóveis que possuam essa possibilidade de expansão tende a se manter o pós-pandemia.

As negociações online também prometem continuar. “O contrato pode ser feito totalmente à distância por plataformas que oferecem esse serviço com um baixo custo mensal e possuem validade jurídica. O encontro acontece apenas quando o locatário vai receber as chaves do local. Quem entende esse momento e se adaptou certamente está se fortalecendo”, garantiu a mentora.

Além disso, é importante destacar que antes de entrar em uma negociação online é o ideal certificar que todo o processo está sendo cumprido de forma coesa, e que todas as dúvidas do interessado sejam prontamente esclarecidas, a fim de evitar surpresas na hora da chegada ao imóvel.

Para Arlene, a segurança não deixa de ser essencial, por mais que a tecnologia esteja cada vez mais fortalecida e presente na nossa vida. “A negociação prévia online será algo cada vez mais recorrente, fruto da crescente transformação digital em nossa sociedade e acelerada pela pandemia. Por isso, a segurança e o conforto de ambas as partes devem ser essenciais, para que o imóvel alugado, atenda todas as necessidades e expectativas”, concluiu.

Fonte: Arlene Gomes é especialista em estratégias e gestão ágil (OKR) para imobiliárias. Atua como consultora no mercado imobiliário (@arlenegomes220).


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